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Monótonos


São como as areias do deserto 
Aqueles que não amam,
Monótonos e levados 
De um lado para o outro pelo vento.
São como os privados 
de entendimento, 
Que vivem num mundo 
sem pé e nem cabeça;
Vêem o que não existe 
E falam o que não sabem.

São como a terra estéril,
Castigada pelo sol;
Nada produz: 
Nem um broto de felicidade,
Nem uma folha de esperança, 
Nem uma raiz de saudade.

São como tumbas lacradas por séculos,
Cheias de podridão e ossos secos,
Perturbações, horrores 
E toda a sorte de feiuras,
Onde os mortos agonizam 
Em seu sono eterno.

São como árvores em plena estação, 
Porém sem frutos;
São como mel sem doçura,
São como rosas secas,
São como água salgada,
São como o ar poluído.

S.B

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