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Lamento do Perdido



De novo ele me venceu,
Outra vez me enganou;
Em seu laço me prendeu,
Com grilhões me aprisionou.

De novo cai,
Outra vez fui ao chão;
Sob trevas mergulhei
Em terrível tentação.

De novo, oh minha alma?
Outra vez meu coração?
Sucumbistes ao pecado,
Deste ouvido à perdição?

De novo sombras me rodeiam
Outra vez demônios me cercam,
Oh Eterno, libertai-me
Desses males que flagelam!

De novo minha natureza,
Outra vez minha essência
Maligna e rebelde
Inclinou-me à desobediência

De novo contra o Eterno
Outra vez do Senhor,
Inimigo me tornei,
Desprezando seu amor.

De novo, santo madeiro
Outra vez benditos cravos
Ultrajados por mim fostes
Com pecados vis e bravos.

Que o Eterno me perdoe
Sobre mim ponde vossa mão,
Por tua graça me restaures
E me disponhas o coração.

S. B.

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